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Aldeias Avieiras.

O Tejo e a Cultura Avieira

O barco, como se lhe referem os Avieiros, faz parte de uma narrativa que define o que é Ser Avieiro e onde sobressai a memória do barco-casa e da ordem social que nesta associação se exprime. A ré́ é imaginada como o espaço do homem e da pesca, o espaço sujo; a proa é o espaço da mulher, a casa. Esta demarcação de espaço pontuava a das tarefas do casal. A mulher tomava conta da casa em tarefas que iam do cozinhar à condução literal da casa – a imagem do governo feminino dos destinos da casa era aqui associada também à tarefa de remar, de governo do barco, enquanto o companheiro ia preparando, lançando e recolhendo as artes. 

A importância desta viva memória do barco como espaço social, doméstico e laboral é hoje reforçado pelo recurso à bateira como signo de representação associativa na comunidade avieira é, hoje, um indicador adicional da sua importância como marcador identitário. 

Com efeito, parece lícito falar de uma heráldica avieira em que a bateira ocupa o lugar central. Para além de todas, ou quase todas, as associações e grupos formais de avieiros possuírem uma ou mais bateiras recuperadas como ‘seu’ património, elas incorporaram também imagens mais ou menos artísticas da bateira na sua heráldica associativa.

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